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14 dezembro 2011

Notícias de Folha de Goiás Notícias - Quarta-feira 14.12. 2011

Licitação para Reveillon é suspensa pelo TCDF  - Brasília-DF



Licitação para Reveillon é suspensa pelo TCDF

 Brasília-DF

O Tribunal de Contas do Distrito Federal suspendeu o edital de pregão presencial lançado pela Secretaria de Cultura do DF para a contratação de empresa responsável pela produção, organização, montagem e execução da festa de Reveillon na Esplanada dos Ministérios.

A Corte entendeu que há indícios de combinação de valores, sobrepreço e restrição da concorrência. A abertura da licitação estava prevista para esta quinta-feira, dia 15 de dezembro, a apenas duas semanas da virada.

Segundo o relatório, a pesquisa de preços não levou em conta os valores praticados pelo governo em festas anteriores, em eventos similares realizados no DF ou em outros estados, nem os valores praticados em atas utilizadas pelo GDF para compras semelhantes.

Além disso, das três propostas apresentadas, duas têm valores idênticos e uma não contêm o endereço de identificação da empresa. A análise também apontou que há preços até 200% superiores àqueles praticados no mercado. O valor da festa foi estimado em R$ 4.458.300.

Informações do TCDF

Paulo busca apoio, alheio às críticas

Goiânia-GO

Venceslau Pimentel

Com os cofres da Prefeitura de Goiânia recheados de dinheiro do governo da presidente Dilma Roussef, cerca de meio bilhão de reais só nas últimas semanas, e com um orçamento adicional de R$ 2,89 bilhões, o prefeito Paulo Garcia (PT) abre as articulações político-partidárias para consolidar uma ampla aliança para tentar a reeleição em 2012.
Ao contrário de 2008, quando atuou como mero coadjuvante no processo que reelegeu o líder do PMDB, Iris Rezende, o petista quer agora tomar as rédeas das negociações, deixando seu maior e mais importante aliado à sombra das articulações.
Só que, ao assumir o comando da Prefeitura, em abril de 2010 – com a renúncia de Iris, que disputou o governo do Estado –, Paulo naturalmente herdou um pesado fardo do qual não conseguiu se desvencilhar. Aliás, nem mesmo tentou, já que está amarrado a um compromisso político-administrativo que terá de manter pelo menos até as eleições do próximo ano. É o preço a pagar para ganhar sobrevida no cenário político da capital, mesmo que o custo seja a ausência de uma marca própria do administrador. 
Até lá, em meio às articulações visando o pleito eleitoral, o prefeito vai ter de conviver com o desgaste imposto por denúncias, como as que envolvem o Parque Mutirama.
Há outras demandas políticas, em que a oposição questiona certas decisões do prefeito.
Venda de áreas questionadas 
É o caso da venda de mais de 29 áreas públicas, em uma das regiões que mais têm sido valorizadas, onde está situado o Paço Municipal, e o projeto do Parque Macambira-Anicuns, que, segundo vereadores oposicionistas, viraram mina de ouro para o setor imobiliário.
Na semana passada, o vereador Santana Gomes, que trocou o PMDB pelo PSD, partido alinhado ao Palácio das Esmeraldas, levou ao conhecimento do delegado estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Dercap), Jerônimo Rodrigues Borges, um provável esquema de pagamento de propina para a aprovação do Parque Macambira-Anicuns.
À polícia, que deve abrir inquérito para apurar o caso, o parlamentar contou que as propostas financeiras chegam a R$ 300 mil, a título de ajuda para a campanha eleitoral para reeleição, em 2012.
Mas enquanto pipocam denúncias de irregularidades na administração pública municipal, aliadas à insatisfação da população com a falta de qualidade no atendimento em áreas essências, como educação e saúde, o prefeito intensifica a sua movimentação em arregimentar aliados políticos e procura minimizar o impacto desses fatos que rondam o cotidiano do goianiense. 
Ao participar de uma reunião com pré-candidatos a vereador de seu partido, Paulo ficou sabendo que o PT articula a formação de um exército de sustentação de sua eventual candidatura formado por 180 candidatos. São três frentes em processo de formação: uma chapa composta pelo PT, outra pelo PMDB e uma terceira pelos partidos nanicos.
E o que não falta é legenda fazendo disposta a tirar um naco da administração pública, com cotas de cargos para seus filiados. A coligação negociada por Iris Rezende, três anos atrás, continua mantida na Prefeitura petista. Entram nesse rol PSL, PRTB, PHS, PMN, PTC, PRP, PSC e PRB.
Mas o PT quer mais. Para atrair novos aliados, Paulo Garcia mexe no tabuleiro para emplacá-los na estrutura administrativa. Foi assim com o PP de Ernesto Roller, com o PSB de Barbosa Neto e, agora, com o PR. Como se sabe, a legenda encontra-se esvaziada com defecções como o deputado federal Sandro Mabel e o ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso.
O prefeito tem uma justificativa para agasalhar novos aliados na Prefeitura. O processo de cooptação, para ele, é tão-somente a opção por mudanças que são vistas como naturais.  “Da mesma forma que a cidade é muito dinâmica a administração também o é, por isso, em alguns momentos nós, gestores públicos, somos levados a fazer alguns ajustes que fazem parte do cotidiano natural de qualquer administração”, pontuou.
Ocorre que os mimos, em tempos de Natal, também chegam à Câmara de Vereadores. Há o aceno, por parte do Paço, de que os aliados, cada um deles, terão cota de R$ 800 mil que poderão indicar para a execução de obras em suas bases eleitorais.
Em meio a esforços para reforço político-eleitoral, o eleitor já começa a dar mostras de que o rumo da discussão deveria ser as questões que envolvem a cidade, que precisam de decisões rápidas para o atendimento de suas demandas. 
Fonte:  O Hoje de Goiânia-GO
Folha: 10:29

PM que delatou propina no Esporte foi ameaçado

Brasil
Por VANNILDO MENDES / BRASÍLIA, estadao.com.br, Atualizado: 14/12/2011 3:0

Preso na semana passada por invadir o Palácio do Buriti, agredir servidores e jogar na antessala do gabinete de um secretário R$ 159 mil que disse terem deixado na sua casa como suborno para silenciar em denúncias contra o governador Agnelo Queiroz (PT), o policial João Dias foi pressionado por um oficial da Corregedoria da PM a desistir de levar o caso adiante. 'Quer relatar, relata, mas você está colocando o pé na cova', advertiu o major Neilton Barbosa, que comandava o interrogatório.
Delator do esquema de cobrança de propina que derrubou o ministro do Esporte, Orlando Silva, Dias disse no interrogatório ter recebido R$ 250 mil em mãos do chefe do Gabinete Militar do DF, coronel Rogério Leão, para subornar o lobista Daniel Tavares, que teria provas de que Agnelo recebia propina para liberar medicamentos quando foi diretor da Agência de Vigilância Sanitária, de 2007 a 2010.
O lobista chegou a divulgar um recibo de depósito de R$ 5 mil na conta de Agnelo como parte de uma propina. Depois, recuou e inocentou o governador. Dias disse que o arrependimento foi comprado. 'Quem deu o dinheiro na minha casa para mim foi o coronel Leão. Eu paguei o Daniel para ficar quieto, e o Daniel fez esse documento que é uma espécie de nada-consta', afirmou.
O áudio do depoimento à corregedoria, ao qual o Estado teve acesso, dura 25 minutos. Dias insinuou ter gravado a entrega do dinheiro do suborno. 'Tenho 22 câmeras na minha casa, está tudo filmado.' Nesse momento, o oficial começa a tentativa de persuasão para que ele desistisse da denúncia. 'Os políticos passam, mas você fica e a instituição é perene. Com essa denúncia, você é réu confesso de corrupção ativa e passiva', lembrou Barbosa. Mais adiante, alertou que Dias é até 'passível de prisão'. A seguir, o major detalhou os benefícios do silêncio. 'Você só será processado por lesão corporal, tipificada no regulamento militar com uma pena levíssima.'
A defesa de Dias não sabe quem gravou o depoimento e pediu ao Ministério Público Militar que mande periciar o áudio. 'O fato é que meu cliente foi pressionado a não prestar depoimento comprometedor', disse o advogado André Cardoso.
O coronel Leão negou a denúncia pela assessoria. Agnelo não quis se manifestar. O comando da PM informou que determinou o afastamento imediato do major e decidiu instaurar inquérito e encaminhar o áudio para perícia.
Folha: 10:24