Goiânia-GO -

00:00:00

COMPARTILHE EM SUAS REDES SOCIAIS!

07 janeiro 2012

Notícias de Folha de Goiás Notícias - Sabado dia 07.01.2012

Estado promove leilão de veículos oficiais dia 21


Goiás

Goiás Agora07 de janeiro de 2012 (sáb

Sucatas, veículos em condições razoáveis de funcionamento ou que necessitam de peças e consertos serão disponibilizados aos interessados no primeiro leilão para renovação da frota oficial promovido pela administração estadual, em 2012. O leilão será realizado no próximo dia 21, na empresa Leilões Brasil, localizada na BR- 153, km 17, no Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia. Já estão recolhidos no pátio da empresa, 299 veículos pertencentes à frota oficial do Estado.
Foram disponibilizados 203 carros e 96 motocicletas. O leilão será realizado em lotes de veículos recuperáveis e de sucatas, sendo que a grande maioria poderá ser recuperada. Entre recuperáveis estão 120 carros de passeio, 57 utilitários (caminhonetes, caminhões, vans) e 92 motocicletas. Foram classificados como sucatas 30 veículos, agrupados em 17 lotes, sendo 15 de carros e 2 de motocicletas. O veículo mais antigo do leilão é o utilitário GM/D-10 1981, da Secretaria da Fazenda. Entre os veículos mais novos estão o utilitário MMC/L200 e o Celta Life, fabricados em 2006 e o Fiat Uno, ano 2007, classificado como sucata.
O trabalho é coordenado pela Gerência de Frotas da Superintendência de Suprimentos e Logística da Secretaria de Gestão e Planejamento. Segundo o superintendente, Bruno Garibaldi Fleury, os lotes disponibilizados devem atrair um grande número de interessados, repetindo o sucesso do leilão realizado em setembro do ano passado, quando mais de duas mil pessoas se interessaram pelos veículos, resultando em comercialização superior a R$ 2 milhões.
Mais informações: 3201-6628.

GDF identifica 214 pontos mal iluminados no DF propícios a violência urbana


DISTRITO FEDERALO GDF identifica 214 pontos mal iluminados no Distrito Federal, todos apontados como locais propícios a assalto, estupro, tráfico de drogas e execução. Programa prevê a instalação de postes de luz nos próximos dois anos

Mara Puljiz
Publicação: 07/01/2012 08:29 Atualização:
Iniciativa: Martha Alexandre (E), vizinha de Antônia, gastou cerca de R$ 100 para comprar e instalar 10 luminárias em rua da Vila Madureira, em Ceilândia (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)
Iniciativa: Martha Alexandre (E), vizinha de Antônia, gastou cerca de R$ 100 para comprar e instalar 10 luminárias em rua da Vila Madureira, em Ceilândia

A insegurança na Vila Madureira, condomínio de Ceilândia, fez a feirante Martha Alexandre Queiroz Cunha, 35 anos, adquirir 10 luminárias e fixá-las nas paredes das casas localizadas no começo da rua onde mora, cheia de lotes vazios e de matagal. Para clarear o local, ela gastou cerca de R$ 100 e não se arrependeu do investimento. “Eu não pago energia, mas, se não fosse pelas lâmpadas que eu coloquei, todo mundo estaria no escuro e a gente se sentiria ainda mais inseguro”, disse.

Locais mal iluminados são apontados pela Secretaria de Segurança Pública do DF como os favoritos de bandidos para a prática de crimes no Distrito Federal. Onde não há claridade são cada vez mais comuns assaltos, estupros, desmanche de carros e funcionamento de laboratórios de drogas. Além disso, esses locais servem como abrigo para bocas de fumo e até execuções. O governo mapeou 214 pontos que ganharão iluminação pública nos próximos dois anos, por meio do projeto Segurança com Energia. A ideia é intimidar a ação da criminalidade e reduzir a violência. A área central de Brasília, Ceilândia e Taguatinga, localidades com grande circulação de pessoas, serão as primeiras beneficiadas.

Em Ceilândia, 11 pontos foram mapeados pelo governo. Na Vila Madureira, a luz não chegou a todos os lugares. Trabalhadores caminham apressados e assustados na volta para casa. Apenas um ponto de iluminação existe na rua da Chácara 9, mas, quando a lâmpada queima, os moradores juntam dinheiro e compram outra. A troca é feita por um técnico conhecido na comunidade.

Antônia Alves Pereira, 47 anos, vizinha de Martha Alexandre, sofreu três assaltos no local. O último roubo ocorreu há quatro meses, por volta das 5h30. “Levaram R$ 6 da passagem, o meu celular e um cordão”, contou. Nos outros dois ataques, os ladrões fugiram com o dinheiro do ônibus. “Tem muita gente que vai trabalhar quando ainda está escuro, é um perigo. Lá para dentro da Vila, é pior ainda.” Para Martha, os moradores estão esquecidos. “A CEB (Companhia Energética de Brasília) diz que, por não ser regularizado, não tem como colocar energia.”

Por determinação da Justiça, o GDF está impedido de instalar postes de luz e hidrômetros em áreas irregulares, como a Vila Madureira. Mas, segundo o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, a expectativa é de que seja feito um acordo com o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) para resolver o impasse. “Nós mapeamos os locais onde o índice de criminalidade estava elevado, e a colocação dos postes de iluminação nesses pontos é prioridade”, explicou.

Becos
No Conjunto H da QNP 24, em Ceilândia, a passagem em um beco leva medo às pessoas. Apesar da sujeira, do entulho nas laterais e da pouca iluminação, o espaço é usado por dezenas de moradores da região. Vizinhos disseram ao Correio que o local foi palco de um homicídio há cerca de um ano. O estudante e operador de caixa Marcos Welber Guimarães, 17 anos, sempre atravessa o espaço por volta das 20h. “Depois das 21h, eu nem passo por aqui. Prefiro dar a volta porque é realmente perigoso. Nunca fui assaltado, mas teve uma vez que eu estava falando ao celular e vi pessoas mal-encaradas. Desliguei o telefone e fui embora logo”, contou.

Em Taguatinga, 12 pontos serão iluminados até 2014, com a chegada da Copa do Mundo. Entre eles está o estacionamento do cemitério da cidade e uma área descampada, acesso a um supermercado. O local é utilizado durante a noite por usuários de drogas e para despachos. “Ninguém pode andar sozinho por aqui porque é assaltado, principalmente se for depois das 22h. A polícia passa na pista asfaltada, mas não dá para ver o que ocorre no estacionamento e no descampado, de tão escuros que são”, disse o ajudante de caminhão Inácio Rocha Filho, 50.

Perigo no Plano Piloto

Iniciativa: Martha Alexandre (E), vizinha de Antônia, gastou cerca de R$ 100 para comprar e instalar 10 luminárias em rua da Vila Madureira, em Ceilândia (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)
Iniciativa: Martha Alexandre (E), vizinha de Antônia, gastou cerca de R$ 100 para comprar e instalar 10 luminárias em rua da Vila Madureira, em Ceilândia

Na área central de Brasília, a escuridão também preocupa. Quem circula pelo Parque da Cidade tem medo de alguns acessos. Os que andam a pé entre a W3 Sul e a área de lazer precisam passar por um estacionamento frequentemente utilizado por usuários de crack. “Eles sempre pedem dinheiro ou cigarro. A gente fica com medo, mas procuro não andar sozinho por aqui”, disse o cabeleireiro Luis Daniel Monteiro, 24 anos. “Se tivesse iluminação, seria muito melhor, porque as pessoas saberiam quem está vindo na direção delas e mudariam de rumo ou apressariam o passo, se fosse o caso”, avaliou.

Quem depende de ônibus e quer conhecer pontos turísticos de Brasília, como a Torre de TV e a fonte luminosa, não pode esperar escurecer. Há uma calçada para pedestres que vai da Rodoviária do Plano Piloto até os dois locais, mas, pelas laterais, a área de gramado é escura. Ali, aumenta a sensação de insegurança.

A dona de casa Iracelir Freitas, 37 anos, passou a tarde com os filhos e uma sobrinha para conhecer Brasília. Parte do grupo mora em Vicente Pires e ficou nos arredores da Torre de TV até o anoitecer. Ao enxergarem a equipe do jornal parada na calçada, eles desconfiaram e mudaram de direção. “A gente veio com medo desde quando saímos do Parque da Cidade. Cadê a luz aqui? Simplesmente, não tem e temos que encarar a escuridão. Quando vimos duas pessoas paradas na calçada, nosso coração bateu mais forte de tanto medo”, admitiu Iracelir.

Investimento
A Companhia Energética de Brasília (CEB) ainda faz um levantamento para saber quanto será investido nas cidades com a instalação da iluminação nova. A empresa também não soube informar quantos postes serão colocados. Em alguns locais, os técnicos receberão apoio da Secretaria de Segurança Pública, com carros da Polícia Militar. “Temos notícia de que, quando a CEB chegava para colocar iluminação, os marginais a impediam porque a luz ia atrapalhar o negócio deles no crime. Vamos impedir isso e o resultado final será, com certeza, a redução da criminalidade”, garantiu o secretário Sandro Avelar. - Reportagem Correio Braziliense-DF

'Embaixador' de Petrolina, ministro da Integração usa verbas para cacifar filho e mirar 2014


estadao.com.br, Atualizado: 7/1/2012 15:57
BRASIL

PETROLINA - Desgastado no Palácio do Planalto por ter privilegiado Pernambuco na distribuição de verbas federais, o ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) consolidou-se nos últimos dias como uma espécie de embaixador de Petrolina no governo federal. No município do sertão pernambucano, onde Bezerra pretende fazer o filho prefeito pela primeira vez, há poucos sinais da crise na qual o ministro mergulhou. No seu curral eleitoral, a abundância de verbas para o Estado - vista como uso político indevido pelo resto do País - rendeu pontos entre aliados e eleitores.
Só nos últimos quatro meses, o ministro esteve cinco vezes em Petrolina, de acordo com sua agenda oficial. Na última visita, em 20 de dezembro de 2011, Bezerra assinou 16 ordens de serviço para a modernização de áreas irrigadas no município, no valor de R$ 35,7 milhões. O reduto de Bezerra, dependente de verbas federais sobretudo por conta das secas, foi 'escolhido', segundo texto do ministério, como o primeiro beneficiário do programa Mais Irrigação, que compõe a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2).
No evento em que foram anunciadas as obras, Bezerra foi o protagonista, acompanhado do vice-governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSD). A cerimônia contou até com banda de forró, mas o prefeito da cidade, Júlio Lóssio (PMDB), que deve ser candidato à reeleição, enfrentando o filho de Bezerra, diz que não foi nem convidado.
Agricultores de uma das regiões que serão beneficiadas contam que pedem há quase 20 anos a pavimentação de ruas para facilitar o escoamento da produção de frutas, mas jamais haviam conseguido atenção do governo.
'Isso foi prometido muitas vezes, há muito tempo, mas nunca conseguimos nada. Agora que ele (Bezerra) é ministro, vai!', comemora Inácio Fulgêncio Cavalcante, presidente da associação de moradores de Vila Esperança, no projeto irrigado N4.
No núcleo de irrigação, ninguém torce o nariz para os privilégios dados pelo ministro a Petrolina e Pernambuco. 'Tem que investir aqui mesmo, que é o Estado de origem dele', diz Inácio.
Dos R$ 35,7 milhões prometidos pelo ministro a Petrolina, pelo menos R$ 8,6 milhões serão investidos no projeto Nilo Coelho, batizado em homenagem ao tio de Bezerra, que foi senador e governador de Pernambuco.
Califórnia do sertão. Graças aos projetos de irrigação iniciados na década de 1960 e à produção agrícola que se iniciou nesses núcleos com recursos da União, Petrolina recebeu o apelido de 'Califórnia sertaneja'.
As obras prometidas por Bezerra não começaram, mas os produtores esperam que o asfaltamento acabe com as décadas de sacolejo dos caminhões, carregados de uvas, mangas e acerola, que danificam as frutas.
Opositores do ministro, apesar de acanhados quando questionados sobre ele, contam que seus primeiros redutos eleitorais em Petrolina foram justamente os núcleos de irrigação. Quando rompeu com o Osvaldo Coelho, seu tio e uma das principais lideranças do município até então, Bezerra começou a ganhar espaço nesses projetos de agricultura.
Reservadamente, os tímidos rivais de Bezerra admitem que o direcionamento de verbas para o Estado se transformaram numa vitória local. 'Quando reagiu indignado ao preconceito contra Pernambuco, ele mostrou que sua prioridade é seu Estado, onde estão seus eleitores', admitiu um adversário.
'Se eu fosse ministro, faria o mesmo. Ele fez o que outros que passaram por lá não tiveram coragem de fazer: arrancar a maior parte de dinheiro possível', disse o deputado federal Gonzaga Patriota, do PSB do ministro. Ele disputa espaço na sigla com Bezerra e tenta se cacifar pré-candidato a prefeito de Petrolina.
Sucessor. Emplacar o deputado Fernando Coelho Filho (PSB) nessa candidatura é o projeto político do momento de Bezerra. Para pressionar o PT a desistir de lançar o deputado estadual Odacy Amorim, seu ex-aliado, o ministro transferiu o domicílio eleitoral para Recife. Ele ameaça enfrentar o atual prefeito, João da Costa (PT), caso o caminho não fique livre em Petrolina para o filho.
2014. Para parte dos políticos petrolinenses, o tiro de Bezerra tem dois alvos: além de servir como chantagem contra os petistas, dá início a um voo mais alto, que chega ao governo de Pernambuco. O ministro é apontado como provável sucessor de Eduardo Campos, seu principal aliado.
'O Fernando almeja ser governador do Estado, e ninguém governa Pernambuco a partir de Petrolina. Em Recife, ele passa a ser um cidadão metropolitano', avalia um rival.
Entre os cabos eleitorais de Bezerra, o despejo de recursos no Estado desde que assumiu o Ministério da Integração Nacional alimenta o projeto 2014. Blogs mantidos por seus aliados reproduzem o discurso que identifica um 'preconceito contra Pernambuco' nas denúncias.

06 janeiro 2012

Notícias de Folha de Goiás Notícias - Sexta feira dia 06.01.2012

Com a greve dos metroviários, usuários vivem verdadeiro martírio nos vagões - DISTRITO FEDERAL





Com a greve dos metroviários, usuários vivem verdadeiro martírio nos vagões

DISTRITO FEDERAL

Lucas Tolentino
Roberta Abreu
Publicação: 06/01/2012 11:00 Atualização: 06/01/2012 07:53
Se andar de metrô em dias normais é difícil, os desafios são maiores durante a greve dos servidores do sistema, que está perto de completar um mês. A começar pelo tempo médio de espera de 20 minutos para embarcar — em dias normais, o intervalo é de 5 minutos. Quando o trem chega, o que se vê é um empurra-empurra para garantir um lugar em um dos vagões. Uma vez dentro, é quase impossível encontrar uma barra livre para se segurar. Na hora de descer, mais problemas. Com o trem lotado, alcançar a saída é uma maratona porque muitas pessoas querem assegurar um lugar na porta.

A reportagem do Correio acompanhou o martírio dos usuários do metrô pela manhã e na volta para casa. Na noite de quarta-feira, uma equipe embarcou na estação central, na Rodoviária do Plano Piloto, até Águas Claras, nas linhas que seguem para Ceilândia e Samambaia. No começo da manhã de ontem, o trajeto percorrido foi de Ceilândia para o Plano Piloto. Em todos os lugares, a cena se repetia. Nem mesmo mulheres com crianças de colo conseguiam lugar para se sentar.

A greve dos servidores do Metrô completa hoje 26 dias. Enquanto o sindicato da categoria e o Governo do Distrito Federal não chegam a um consenso, a população enfrenta longas filas nas estações, viagens desconfortáveis e atrasos para chegar ao trabalho. O número de usuários caiu de cerca 100 mil nesta época do ano para 60 mil, segundo o diretor-presidente do Metrô-DF, David José de Matos.

A linha verde, responsável pela ligação entre Ceilândia e Plano Piloto, é a mais lotada. No início da manhã, os trens começam a encher nos primeiros pontos de parada da região administrativa distante 25km do centro de Brasília. Não há mais assentos livres e as barras de ferro parecem poucas para tantas mãos em busca de apoio. Ao se aproximar das estações de Taguatinga, os passageiros sentem dificuldades para entrar nos vagões. Muitos decidem aguardar o próximo trem.

A superlotação fica evidente na estação Praça do Relógio. Com uma mala de viagem em mãos e acompanhada de uma amiga, a operadora de caixa Marinalva Pereira, 35 anos, tinha certeza de que não haveria espaço quando viu a quantidade de pessoas pela janela do carro. As duas iam para a Rodoviária Interestadual e fizeram inúmeros pedidos de licença. Contaram com a compreensão dos usuários em se apertar ainda mais para conseguir um cantinho no vagão. “Não tem lugar suficiente para a gente se segurar. Já quase caí várias vezes”, reclamou Marinalva.

Para os deficientes físicos, é ainda mais difícil usar o sistema com os funcionários em greve. Cadeirante, o técnico em eletrônica José Arquimedes da Silva, 53 anos, deixou de recorrer ao transporte sobre trilhos em horários de pico. “Ainda bem que a maioria das coisas que preciso resolver pode ser feita mais tarde, depois das 9h”, explicou. Ontem, ele ia de Ceilândia à 114 Sul para dar entrada na documentação a fim de conseguir o passe livre. “A sorte é que, nas horas que o trem está mais cheio, as pessoas ajudam e dão passagem”, contou.

Sufoco
Na volta para casa, a maior concentração de passageiros é na estação central, na Rodoviária do Plano Piloto, onde a todo instante chegam mais pessoas. Ao longo do trajeto, os trens ficam mais lotados. A espera também é de cerca de 20 minutos. A dona de casa Jaqueline Alves Lima, 28 anos, passou por um sufoco. Acompanhada dos pais, Antônia e Raimundo, e do filho Murilo, de 3 anos, ela conta que a família esperou quatro trens até conseguir entrar. “Estava muito cheio. Essa greve é péssima e prejudica quem não tem nada a ver”, reclamou. Jaqueline, o filho e os pais são moradores de Águas Lindas (GO) e seguiriam de ônibus para casa após descerem em Taguatinga. “Ainda bem que não precisamos utilizar o metrô todos os dias”, completou Jaqueline, tentando se equilibrar com Murilo em um braço enquanto o outro estava enroscado na barra próxima à porta.

O servidor público Valdemar Alves de Oliveira, 53 anos, até tentou usar o carro durante a greve dos metroviários, mas desistiu após uma semana. “Apesar da demora, ainda é mais viável financeiramente”, explicou. Valdemar mora em Águas Claras e trabalha no Plano Piloto. Segundo ele, o horário mais cheio é no início da manhã. “Muita gente começa a trabalhar no mesmo período e na hora de ir embora dá para sair mais tarde”, avaliou.

A demora e a aglomeração de pessoas são as reclamações da servidora pública Sandra Silva, 52 anos. “Normalmente já é cheio. Com a greve, fica pior”, contou. Moradora da Águas Claras, ela contou que, para não se atrasar, sai de casa pelo menos meia hora mais cedo. “Essa greve prejudica a comunidade, mas se é o meio que (os trabalhadores) encontraram, temos que aguentar as consequências.”

Redução
Com a greve dos metroviários, o Metrô disponibiliza nove trens nos horários de pico, em vez de 24 vagões. Em outros períodos, esse número cai para seis. Fora do período de férias, 160 mil pessoas utilizam o sistema todos os dias. Reportagem Correio Braziliense-DF

Dengue ameaça 2,2 milhões em GO

GOIÁS
Katherine Alexandria

A possibilidade de nova epidemia de dengue é a preocupação deste novo ano. De acordo com o Mapa da Dengue, Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti, divulgado pelo Ministério da Saúde em dezembro, estão em áreas de alerta da doença seis cidades goianas, onde vivem 2,2 milhões de pessoas – Luziânia e Planaltina, no Entorno do Distrito Federal, e Aparecida de Goiânia, Goiânia, Senador Canedo e Trindade, na região metropolitana. 
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,9 milhão de pessoas moram nessas quatro cidades da Grande Goiânia, enquanto 300 mil residem em Luziânia e Planaltina.

O quarto tipo da doença, com quatro casos confirmados no Estado, é que traz o risco de epidemia, já que a população não está imune a ele. A expectativa da Secretaria Estadual de Saúde era de que neste mês – início do período considerado epidêmico (chuvas), que dura até maio – os casos da doença já tivessem aumento considerável. “Mas não tem ocorrido esse crescimento. Esperamos que consigamos manter”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Tânia Vaz, sobre os primeiros dias de 2012. 

Os municípios goianos não possuíam risco de surto no ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde. “Todos podem ter. E isso, em geral, é preocupante, porque ter a doença pela segunda vez pode trazer mais complicações”, pondera Tânia. O número de casos teve redução de 62,92% com relação a 2010, de acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde. Foram registrados 115.079 casos e 93 óbitos, contra 41.480 e 29 mortes até o dia 10 de dezembro.  

Essa diminuição é considerada dentro do esperado, já que a maioria da população estava imune aos principais sorotipos circulantes, depois de um ano com muitos casos. O que predomina ainda é o tipo 1, na maioria das regiões, e a menor ocorrência ainda é das dengues 2 e 4. Porém esse cenário, associado às condições ambientais e à proliferação do Aedes aegypti pode aumentar os casos. Segundo Tânia, é difícil fazer previsão para 2012. “É preciso continuar o nível do combate, só assim para manter a situação em controle.”

Goiânia faz parte das 14 capitais em alerta, principalmente para a persistência da transmissão em níveis elevados neste verão. Porém, o risco de surto ou epidemia ocorre em 48 municípios brasileiros, de acordo com o Mapa da Dengue. “O foco é a mobilização social.” Reportagem O Hoje de Goiânia-GO dia 03.01.2012

Bezerra quis usar verba do Rio São Francisco em PE

BRASIL
Por EDUARDO BRESCIANI, estadao.com.br, Atualizado: 6/1/2012 7:33
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, tentou tirar R$ 50 milhões do Orçamento de 2012 da obra de transposição do Rio São Francisco para destinar recursos a uma barragem em Pernambuco, seu berço político. A tentativa foi feita por meio de ofício encaminhado em outubro de 2011 ao Ministério do Planejamento em que pedia uma realocação de recursos para destinar o montante à barragem de Serro Azul, na Zona da Mata pernambucana.
A manobra foi barrada pelo Congresso na votação do Orçamento. O jornal O Estado de S. Paulo revelou, em dezembro passado, que as obras da transposição, principal empreendimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Nordeste, estão abandonadas em diversos lotes e que parte do trabalho começa a se perder.
Até novembro de 2011, somente 5,2% do Orçamento de 2011 destinado à transposição tinha sido executado. A ação do ministro de tirar dinheiro da principal obra de sua pasta reforça as acusações de uso político do cargo devido à destinação prioritária de recursos do ministério a Pernambuco, onde tem pretensões eleitorais e é apadrinhado do governador Eduardo Campos, que preside o PSB.
O pedido de remanejamento feito pelo Ministério da Integração chegou ao Congresso no dia 6 de dezembro de 2011. A justificativa enviada aos parlamentares dizia que a mudança era necessária para incluir Serro Azul no PAC. A construção da barragem é comandada pelo governo de Pernambuco e tem custo estimado de R$ 350 milhões. A certeza da aprovação era tão grande que outros R$ 4 milhões até então destinados a Serro Azul foram realocados. Por questões burocráticas, todos os pedidos de mudança têm de ser feitos pela pasta interessada ao Ministério do Planejamento, que encaminhou a solicitação ao Congresso.
Reação
A bancada do Nordeste, porém, não aceitou a mudança. Os parlamentares ficaram irritados porque o ministério nem sequer justificou o motivo da redução de recursos da transposição. 'Mobilizamos a bancada do Nordeste contra isso. O ministério deve ter as prioridades dele, mas a transposição é a prioridade do Nordeste', afirmou o deputado Efraim Filho (DEM-PB).
Ele e mais dois colegas apresentaram emendas pedindo a recomposição dos recursos da principal obra para a região. O relator responsável por analisar o orçamento da Integração, José Priante (PMDB-PA), chegou a apresentar um parecer acatando a sugestão do ministério, mas recuou diante da pressão dos nordestinos e manteve em R$ 900 milhões a previsão de recursos para a transposição em 2012.
Em nota enviada ao Estado, o ministério argumenta que retirar recursos da transposição 'não impactaria o ritmo de execução do projeto' devido ao estoque de empenhos realizados. Segundo a pasta, a obra tem recursos empenhados de R$ 1,2 bilhão referentes a restos a pagar de anos anteriores e ultrapassaria R$ 2 bilhões disponíveis considerando-se o Orçamento de 2012.
A pasta reafirma a prioridade da transposição: 'O Projeto São Francisco é a maior ação estruturante no âmbito do eixo de recursos hídricos e conta com o compromisso do governo federal na conclusão da obra e na retomada de um ritmo acelerado de execução no primeiro trimestre de 2012'. Sobre Serro Azul, a pasta diz ser a 'maior obra do sistema de contenção de enchentes da Zona da Mata pernambucana'. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.