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14 outubro 2011

Explosão: Restaurante não era autorizado a usar botijões

Brasil

13/10/2011 9:32,  Redação, com agências - do Rio de Janeiro


A lanchonete onde houve a explosão na manhã desta quinta-feira, no Centro do Rio, não tinha autorização para utilizar gás
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro informou que o restaurante, que explodiu na  manhã desta quinta-feira, não tinha autorização para usar botijões de gás. Segundo a corporação, o edifício não tinha condições de segurança para abrigar este tipo de material.
Nenhum estabelecimento no prédio tinha autorização para usar cilindros de gás. O laudo emitido pelo Corpo de Bombeiros, datado de agosto de 2010, não autorizava o uso de cilindros no prédio.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, o condomínio entregou um projeto aos bombeiros para regularizar a segurança contra incêndio. Em agosto de 2010, a corporação emitiu um laudo de restrições. A partir daí, cada loja deveria solicitar o certificado de aprovação para funcionar. Segundo Simões, no entanto, o restaurante não solicitou o documento e não poderia funcionar no edifício comercial.
Foram retirados três botijões do restaurante, mas os bombeiros acreditam que uma série de botijões interligados abasteciam o restaurante. A Companhia Distribuidora de Gás do Rio (CEG) informou, por meio de nota, que “desde 1961 não fornece gás canalizado para o prédio”. Funcionários da lanchonete relataram ter percebido o cheiro do vazamento antes do acidente.
explosão no estabelecimento provocou a morte de três pessoas e deixou 17 feridas. Os dois prédios afetados estão interditados e permanecerão assim até uma análise final dos técnicos da Defesa Civil.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, disse ainda que serão necessárias intervenções de engenharia para evitar que haja um desabamento do prédio na Praça Tiradentes. Segundo ele, parte da estrutura do edifício foi comprometida.
– As vigas [estruturas horizontais que seguram as lajes] foram quase que, em totalidade, comprometidas. Agora é um trabalho de engenharia. Vamos ter que, em um primeiro momento, ir eliminando todas as partes instáveis, que ainda causam risco para os bombeiros e para o pessoal que vai continuar trabalhando. A partir daí, fazer uma análise mais criteriosa para saber que intervenção de engenharia tem que ser tomada para assegurar a estabilidade do prédio –, disse.
Segundo Simões, a grande destruição provocada pelo acidente, com muitos destroços, é típica de uma explosão de gás.
– É um cenário muito típico da explosão provocada por gás. A gente não pode precisar a quantidade de gás. Toda a parte do térreo e do subsolo foi comprometida –, disse Simões.
Por ter chegado atrasado ao trabalho, devido a um engarrafamento de trânsito, Antonio dos Santos Junior, entregador do restaurante Filé Carioca, escapou de ser mais uma vítima da explosão.
– Não esperava chegar ao local e encontrar meus amigos no chão. Foi Deus que me salvou –, disse Antonio, que esteve no Hospital Souza Aguiar para visitar colegas de trabalho feridos no acidente.
Ainda no local da explosão, Antonio reconheceu entre os mortos o corpo do chefe de cozinha do restaurante, Antonio Severino, e o do sushiman Josemar dos Santos Barros. Os corpos foram levados para o Instituto Médico-Legal e o entregador ajudou no reconhecimento.
Seis feridos já foram liberados depois de medicados no Hospital Souza Aguiar. Permanecem internadas no hospital duas pessoas em estado grave, no centro cirúrgico, e mais seis vítimas da explosão. Um ferido em estado grave foi transferido para o Hospital Miguel Couto, na zona sul.
folha 12:14

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