Goiás
Mirelle Irene
O governador Marconi Perillo (PSDB) se posicionou ontem contra a possibilidade de criação de novos impostos, ao ser indagado sobre o posicionamento de setores do PT que passam a cogitar a volta da CPMF. Na quinta, o líder do governo, deputado federal Cândido Vaccarezza (PT), sugeriu trazer esse debate para a sociedade, na iminência da votação da Emenda 29, prevista para este mês. Em seguida, a presidente Dilma Rousseff (PT) admitiu uma CPMF “sem desvios”, para a área da saúde.
Quando senador, Marconi foi um dos votos contra a proposta de prorrogação da CPMF. “Por coerência, já que sempre fui contra a criação de novos impostos, continuo contrário”, disse. Segundo Marconi, já existem recursos suficientes para que o governo aumente os repasses para a saúde nos municípios e nos Estados. “A União tem muito dinheiro; 72% de todos os impostos e contribuições no Brasil ficam com a União”, disse o governador.
Para Marconi, os Estados e municípios estão enfraquecidos justamente por causa desta situação. “Nós temos hoje um verdadeiro ataque à Federação; a cada dia, os Estados e municípios perdem mais dinheiro. Nós precisamos ter apoio federal porque as demandas do povo recaem sempre sobre os prefeitos e os governadores”, apontou. Conforme Marconi, isso acontece não só na saúde, mas também na segurança, educação, saneamento básico e outras.
Marconi defende que a União busque alternativas em sua receita para desonerar os Estados deste desequilíbrio de obrigações. Diplomático, Marconi afirma respeitar as iniciativas de Dilma. “Se a presidente diz que é necessário (criar um imposto) é porque ela tem as suas razões, mas, por coerência, continuo com a mesma posição que tinha quando fui senador”, arrematou.
folha 12:20
fonte: jornal o hoje - Goiânia-GO
Nenhum comentário:
Postar um comentário