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04 fevereiro 2012

Goiás tem mais fazendas aptas a exportar para UE

Goiás




Marjorie Avelar

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou ontem a lista das 1.949 fazendas autorizadas a exportar gado bovino para abate e carne in natura para a União Europeia (UE). Goiás lidera em número de propriedades com 453 propriedades aptas. O destaque vai para o município de Nova Crixás, com 41 unidades, São Miguel do Araguaia (17), Corumbaíba (15), Mozarlândia (15), Montes Claros de Goiás (14) e Mundo Novo (14). Goiânia, que não tem muita tradição no segmento, até por ser a capital e estar localizada, em sua maior parte, em uma área urbana, aparece com três unidades.
Ainda considerando o número de fazendas aptas para exportar carne bovina para a UE, depois de Goiás, aparecem o Mato Grosso, com 431 fazendas, e Minas Gerais, com 428, entre oito Estados produtores de carne bovina que aparecem na listagem do mapa.

A partir de agora, as autoridades sanitárias brasileiras ficarão responsáveis pela atualização e divulgação da lista a cada 15 dias no site do ministério. Até agora, o documento tinha de ser publicado primeiramente no Diário Oficial europeu.
O gerenciamento da chamada Lista Trace era feito exclusivamente pelas autoridades europeias desde 2007. Com a decisão, os relatórios das auditorias brasileiras não precisarão mais ser enviados à Comissão Europeia. O mapa informou que pretende diminuir a burocracia do processo de credenciamento das fazendas autorizadas a vender para a União Europeia.

Segundo o ministério, a medida é um reconhecimento dos avanços do sistema brasileiro de rastreabilidade (Sisbov), incrementado, principalmente, após o embargo imposto pela UE à carne bovina do País no início de 2008. Para o diretor de Programas do ministério, Ênio Marques, é a retomada da confiança da UE no cumprimento das exigências de saúde animal pelo Brasil.

Ainda falando de agronegócio em Goiás, ontem, foi discutida que a eminente crise europeia pode ser uma “pedra no caminho” do crescimento do setor no Brasil. Isto porque a Europa é o principal destino das exportações chinesas, país asiático que, por sua vez, é o maior comprador da produção agrícola daqui, do Brasil. A avaliação é do analista de mercado, Fernando Muraro, que liderou o Seminário Regional de Comercialização e Mercado Agrícola 2012, desta vez realizado no município de Silvânia, na quinta-feira (2), na sede da Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB).

Ele destacou o aumento das exportações no mundo e o crescimento da demanda por alimentos. Muraro explicou aos produtores rurais presentes sobre as oportunidades de aproveitar as elevações do mercado de commodities e da importância de acompanhar esses mercados de perto, por meio de bolsas e cotações.

Outros mercados
O analista ponderou que a previsão de aumento do plantio está relacionada às condições de mercado. Segundo ele, os Estados Unidos estão com estoques apertados e não podem contar com um aumento na safra. Uma safra menor vai estimular o plantio de soja na América do Sul. Em se tratando de área plantada, Muraro afirma que os negócios, visando a safra de soja do Brasil indicam que a nova temporada poderá apresentar um recorde de área, com preços altos e produtores capitalizados pela colheita passada.
Sobre comercialização, o especialista falou que o ideal para o produtor é fragmentar a comercialização da safra em partes para ter menos chance de errar na hora de vender a produção. Para ele, é a oportunidade de os produtores fugirem da tradicional pressão da colheita, entre março e abril.
“Não é indicado comercializar nesses meses, pois demonstram uma tendência de diminuição nessa época do ano”, destaca. Ainda de acordo com ele, a safra deste ano está bem antecipada quanto à tomada de decisão. “Em Goiás, cerca de 50% da safra de grãos já foi comercializada”, diz. (Com Agência Brasil e Faeg)

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