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24 julho 2011

Goiânia tem 2º maior polo do País


Aviação

A estimativa é que existam 46 oficinas especializadas em manutenção de aeronaves executivas na capital
Sônia Ferreira24 de julho de 2011 (domingo)

                       Wildes Barbosa
 Wander Azevedo observa avião: oficina sempre cheia
Wander Azevedo observa avião: oficina sempre cheia
Cristina Cabral
  Anildo  aguarda  conclusão da montagem de seu  helicóptero
Anildo aguarda conclusão da montagem de seu helicóptero
Embora o aeroporto Santa Genoveva seja considerado o pior do País pela própria Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Goiânia abriga hoje o segundo polo aeronáutico do Brasil homologado pela Anac, atrás apenas de São Paulo. A cidade conta com inúmeras empresas de aviação e um leque variado de serviços, tais como taxi aéreo, manutenção de células e motores, manutenção de aviônicos e recuperação e montagem de aeronaves.

A cidade tem ainda reconhecido potencial na formação de recursos humanos nas diversas atividades aeronáuticas - de pilotos a mecânicos, embora o mercado tenha reclamado da falta de trabalhadores especializados.

A fama do polo aeronáutico de Goiânia é tão grande que já ultrapassou as barreiras nacionais e se tornou referência para vários países, principalmente no tocante a oficinas de montagem e manutenção de aeronaves executivas. Não é por acaso que as oficinas estão sempre lotadas de aeronaves vindas de todo o Brasil.

Dentro e nos arredores do aeroporto Santa Genoveva e no aeródromo Brigadeiro Mário Eppinghaus, conhecido como Escolinha de Aviação, na saída para Inhumas, localizam-se dezenas de oficinas de manutenção, de reforma, de recuperação e até de montagem de aviões e helicópteros. Inclusive, esta semana, sairá de uma oficina de Goiânia o primeiro helicóptero experimental montado no Brasil. Os kits vieram da Bélgica.

Segredo
O segredo de Goiânia ter se tornado ponto de referência na manutenção de aeronaves se deve a sua localização. Nas décadas de 60 e 70, na época do garimpo de ouro no Mato Grosso e no Pará, pilotos faziam escala na capital para reabastecer e revisar seus aviões. Com isso, formou-se mão de obra especializada na área, que hoje é uma referência nacional.

Embora já não existam mais os garimpos de ouro, os donos de aeronaves e outras pessoas, de todo o Brasil, ainda continuam vindo a Goiânia para fazer a reforma, revisão ou mesmo para comprar aviões e helicópteros."Minha oficina está sempre cheia, felizmente. Hoje mesmo (na última quinta-feira) estou acabando de fazer a revisão de uma aeronave de Erechim, no Rio Grande do Sul", informa o empresário Wander Azevedo, da Fly Ultraleves & Trikes.A estimativa dos empresários do setor é que apenas em Goiás exista uma frota de mais de 800 aeronaves executivas, com tendência de crescimento, já que as malhas rodoviária e aeroviária que atendem Goiás ainda são precárias. "Os brasileiros estão descobrindo que não é caro ter um avião", ressalta o coordenador do Movimento Nacional de Aviação Civil e consultor da Associação Brasileira de Taxis Aéreos, Georges Moura Ferreira.HelicópteroEntre aqueles que descobriram as vantagens e o prazer de ter o próprio avião está o médico cirurgião plástico Anildo Lopes. Há oito anos, ele comprou a sua primeira aeronave, do tipo experimental, gostou e não parou mais. Atualmente, Anildo tem dois aviões, um deles montado em Goiânia, e aguarda ansioso a conclusão da montagem do primeiro helicóptero que está sendo construído em Goiânia, que já é dele."Descobri o avião como um meio de transporte rápido, seguro e barato. Numa viagem, sozinho, o custo do combustível fica mais barato do que de um carro", compara. Ele recomenda a todos os proprietários de aeronaves experimentais que sejam responsáveis e façam a manutenção dos equipamentos regularmente. "O parque aeronáutico de Goiânia é de alto nível", atesta.ValoresO valor de um avião de pequeno porte, que não é usado para fins comerciais, também conhecido como experimental, embora seja regulado pela Anac, com até quatro lugares, é quase o mesmo de um carro de luxo importado, na faixa de R$ 300 mil. Os custos de manutenção são considerados baixos. Não chegam a R$ 1 mil para cada 50 horas de voo.Georges Ferreira, lembra que muitos executivos e fazendeiros goianos têm negócios em outros Estados, ou mesmo dentro de Goiás, e precisam se deslocar com mais rapidez. Ele afirma que as grandes empresas aéreas cobrem apenas 140 municípios brasileiros, enquanto a aviação geral e executiva voa para mais de 3 mil cidades nos mais diferentes pontos do País. 
fonte : o popular
folha 10:35

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