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30 julho 2011

Marconi dá ultimato a auxiliares ''sem pique''

Goiás
sábado, 30 de julho de 2011, 08:48
Marina Dutra

Ao participar na manhã de ontem da apresentação do Plano Estratégico do Detran para o quadriênio 2011/2014, no Castro’s Park Hotel, o governador Marconi Perillo (PSDB) voltou a advertir que aquele auxiliar que não estiver comprometido com o governo deve sair e ser trocado. “Quem não tem pique vai ter que sair, ou terá que se adequar ao nosso estilo, ao nosso pique. Ou se adequa ou sai.” O recado veio um dia após o tucano ter confirmado a primeira mudança no primeiro escalão do governo, com a saída do secretário das Cidades, Armando Vergílio, para a Câmara dos Deputados. 

Essa foi a terceira advertência do tucano em três meses. O primeiro recado ocorreu no início de maio, quando o governador afirmou que “o auxiliar que não está dando conta do recado, tem de ser trocado”. Inclusive, nesse mesmo período, Marconi havia elogiado publicamente a atuação de Armando à frente da pasta.  
Aliados do governo alegam que o recado do governador não foi para Armando, já que ele era considerado pelo tucano como um dos secretários mais atuantes e que mais buscavam recursos do governo federal para serem aplicados no Estado.  

Além disso, foi Armando quem tomou a iniciativa de procurar Marconi para manifestar o desejo de retornar à Câmara. Mesmo sem ter dado até hoje uma declaração oficial sobre o motivo de sua decisão, corre nos bastidores que Armando estaria sofrendo pressão do setor de seguros por participação em votações no Congresso, além do mal-estar criado entre ele e a suplente Magda Mofatto (PTB) na composição de seu gabinete. 
Porém, por trás da decisão, Armando também estaria insatisfeito com a falta de poder na secretaria e com os órgãos subordinados à pasta, como Saneago, Detran e Agência de Habitação, que faziam e anunciavam projetos sem sua intermediação no processo. 

Outros secretários, como o titular da pasta que responde pelas demandas da região metropolitana de Goiânia, Jânio Darrot (PSDB), e o secretário de Cidadania, Henrique Arantes (PTB), já tinham se queixado internamente sobre as dificuldades financeiras do Estado e a falta de poder das pastas. O titular da Secretaria de Infraestrutura, Wilder Morais, também já expôs sua insatisfação com a falta de recursos no órgão. 

Contenção
Além das dificuldades financeiras enfrentadas pelo governo no primeiro semestre do ano, afetando diretamente a maioria dos órgãos, a insatisfação de alguns secretários estaria ligada também à contenção de gastos implementada pelo titular da Secretaria de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci.  
Nessa semana, Vecci mostrou a todos os órgãos do Estado os artigos do decreto nº 7.398, que reduz gastos de custeio com telefonia fixa e móvel, veículos oficiais, horas extras, despesas com viagens, bens e serviços de informática e serviços de consultorias. A saída de Armando sinaliza a ponta do iceberg . 
folha 10:55
fonte O hoje - Goiânia

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