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11 julho 2011

Haddad admite disputar Prefeitura

Por Lisandra Paraguassu e Rui Nogueira / BRASÍLIA, estadao.com.br, Atualizado: 10/7/2011 23:00

 


O ministro da Educação, Fernando Haddad, admitiu em entrevista ao Estado, sexta-feira passada, que seu nome, com sua autorização, 'está efetivamente sendo discutido' no PT como um dos possíveis candidatos do partido à Prefeitura de São Paulo, nas eleições municipais do ano que vem.
'Eu tenho apreço por esse movimento', disse o ministro. E justificou: '(O movimento em favor do nome dele para a disputa da Prefeitura) é em função de uma realização pessoal, por ter feito um trabalho no MEC que ganhou alguma visibilidade. Não deixa de ser para mim e para a minha equipe um sinal de que o Brasil tem avançado na área social, tem de avançar mais, mas não deixa de ser um reconhecimento'.
Sempre tratando o assunto com ressalvas e cuidado político para não desmerecer outros possíveis pré-candidatos do partido, Haddad diz que seu nome está longe de ser consenso. 'Existe o debate dentro do PT sobre essa questão, mas, na verdade, é a posição de uma parcela que é minoritária dentro do partido', disse. 'Então, se eu considerar isso agora estarei cometendo dois erros: primeiro, com o ministério. Segundo, de natureza política, de não reconhecer que quem cogita essa possibilidade com algum entusiasmo é uma parcela minoritária do partido'.
Em um partido dominado em São Paulo pela senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, o ministro Haddad reconhece até que há uma enorme resistência a seu nome. 'Se fosse uma pretensão pessoal, isso me afetaria. Mas não é uma pretensão pessoal. É uma discussão que está sendo feita com um colegiado de pessoas. É natural que seja assim. Simpatias por um ou outro. Mas não é um projeto pessoal', explicou.
Haddad fez questão de citar os nomes de Marta e do seu colega de ministério Aluizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) como petistas que podem reivindicar, segundo ele, até com mais direito, a posição de candidatos à Prefeitura de São Paulo em 2012.
'Considero que há figuras no partido que estão mais bem posicionadas e têm todo direito de pleitear a candidatura e disputar', afirmou. 'Eu entendo isso, que pessoas que possuem uma história de militância dentro do partido e teriam legitimidade de fazer a disputa comparando gestões, como seria o caso da Marta, ou se recolocando, como seria o caso do Aluizio. Enfim, pessoas que têm mais história no PT.'
O ministro da Educação tem um padrinho de peso: o maior defensor da sua candidatura, e, na verdade, autor da ideia, é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem feito apelos por 'nomes novos' para tentar vencer o PSDB e Gilberto Kassab, o atual prefeito da capital.
O ministro sabe que a disputa é dura. A senadora Marta Suplicy, que já declarou querer uma revanche contra o tucano José Serra, tem grande incidência sobre o PT paulistano.
Para emplacar Haddad, Lula terá que impor o nome do ministro, sob o risco de provocar um racha na campanha petista.
Diante desse cenário, a situação de Haddad pode ser descrita assim: não milita em favor da candidatura porque tem uma agenda cheia no MEC, mas também não desautoriza as articulações. O resumo dele para o momento é este: 'Sem que eu esteja militando por isso, o nome está efetivamente sendo discutido.'

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