Fotos: Cristina Cabral
Unidade de saúde no Bairro Boa Vista,  região Noroeste, possui a estrutura física precária  Escola Barravento, no Setor Barravento, região Noroeste, não possui cerca eletrificada e sistema de vigilância eletrônica
Máquina fotográfica, filmadora, copiadora, computador, modem, roteador, chuveiro, caixa de som, microfone, cabo, fiação elétrica, lâmpada, forno elétrico, botijão de gás, torneira, TV, DVD, material pedagógico, aparelho de medir pressão arterial, mesa, cadeira e até receituário especial. Estes são alguns dos bens públicos levados de escolas e unidades de saúde do Município de Goiânia, que se tornaram alvos fáceis da ação de criminosos e vândalos.

Prédios públicos com estrutura frágil, ausência de instrumentos tecnológicos que auxiliem na proteção e efetivo reduzido da Agência da Guarda Municipal de Goiânia contribuem para que o patrimônio público seja dilapidado.

Estatísticas da guarda apontam para a ocorrência de 164 episódios de furtos, roubos e arrombamentos em prédios da Prefeitura de Goiânia entre 2010 e 2011, a grande maioria em escolas e postos de saúde administrados pelo Município. De acordo com o presidente e comandante do órgão, João Augusto França Neto, a média é de nove casos por mês em unidades geridas pela Secretaria Municipal de Educação.

Dos 528 prédios públicos municipais monitorados pela guarda, 319 pertencem à Educação, razão pela qual as escolas concentram o maior número de casos de furtos e roubos registrados pelo órgão nos últimos anos.

Estrutura ruim

O comandante admite que boa parte das unidades monitoradas pela guarda não dispõe de estrutura física adequada que contribua com o trabalho desenvolvido pelo órgão. Ele estima em um terço, em média, a quantidade de prédios da Educação e da Saúde que conta com algum dispositivo eletrônico de segurança, como cerca elétrica e alarme, por exemplo. Das unidades visitadas pelo POPULAR, alvos de furtos, nenhuma dispunha de tais equipamentos.

"A segurança, na atualidade, tem de ser feita utilizando para essa finalidade ferramentas tecnológicas disponíveis. Já a segurança presencial deve ser adotada especialmente durante o funcionamento das unidades de atendimento ao público", defende João Augusto. Segundo o comandante, a compra e instalação dessas ferramentas é responsabilidade de cada órgão municipal.

"À guarda cabe a manutenção e a segurança dessas unidades", frisa o comandante. Com 1,6 mil homens, apenas, o presidente da agência afirma que a instituição tem buscado se fazer presente nas unidades da prefeitura especialmente no período de atendimento ao público.
fonte: o popular
folha 08:59